domingo, 15 de fevereiro de 2009

Dois dias sem nicotina

Hoje completo dois dias inteirinhos sem nicotina. Nem o chicletinho eu usei.

Ajudou para isso o fato de eu estar viajando para bem longe. Posso ficar chato, intolerante e irritadinho o quanto eu quiser. Ninguém vai me entender mesmo.

Se bem que, falando sério, eu tive minha dose de nicotina no sábado.

Foi no aeroporto de Guarulhos. Resolvi comer, já na área de embarque, em uma pequena taverna (não deve ter mais de 20 metros quadrados) com um nada discreto aviso na porta: Área de Fumantes.

Imagine, para um fumante, o que significa um lugar desses antes do embarque para um voo de sete, oito horas? É o paraíso.

E eles ficam lá, fumando um atrás do outro, uma fumaça incrível cobrindo todo ambiente. Eu estava lá porque queria... livre arbítrio. Mas, e as garçonetes?

Eram duas, e eu não conseguia parar de pensar nelas. Lembrava de um artigo do Doctor Drauzio Varela, acho, que falava sobre esses trabalhadores de lugares esfumaçados. Não encontrei o artigo na internet, mas achei o que segue, na página da Aliança de Controle do Tabagismo.

"A Organização Internacional do Trabalho – OIT estima que pelo menos 200 mil trabalhadores morrem, por ano, em todo o mundo, devido à exposição ao tabagismo passivo.

Estudos científicos comprovam que garçons não fumantes que trabalham em bares e restaurantes em que é permitido fumar apresentam em média, chance duas vezes maior de desenvolver câncer no pulmão.

Ao final da jornada de trabalho, estes profissionais poderão ter níveis de exposição como se tivessem fumado até 10 cigarros.

Segundo o INCA, os níveis de fumaça ambiental de tabaco em restaurantes chegam a ser duas vezes maiores do que em outros ambientes de trabalho como escritórios, enquanto em bares, os índices são quase seis vezes superiores.

Vale lembrar que os garçons, bartenders e os demais trabalhadores em restaurantes, bares e boates não têm a opção pelo trabalho somente nas áreas livres de fumo.
"
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